Somos uma 'Geração Perdida'?

“Geração Perdida” é um termo atribuído à escritora Gertrude Stein, e popularizado por Ernest Hemingway, que o utilizou na epígrafe de seu romance "O Sol Também se Levanta". Ao contrário do que se possa pensar, “geração perdida” não se refere a vidas desperdiçadas (embora abarque isso também), mas a pessoas buscando encontrar uma direção que as leve a encontrar seu lugar no mundo.

Fazemos parte de uma época onde temos tantas opções e tantas possibilidades que isso pode nos deixar totalmente perdidos, sem rumo e sem saber o que escolher.

Desejamos encontrar o nosso lugar no mundo e muitas vezes não sabemmos nem por onde começar.

Em meio a tantas novidades e avanços tecnológicos, vai ficando cada vez mais difícil escolhermos o que desejamos fazer como profissão por exemplo, já que um robô possui extremas capacidades de resolver as coisas melhor do nós muitas das vezes.

Talvez a falta de perspectiva em um país como o nosso e em um mundo emmeio a uma pandemia agrave ainda mais as nossas incertezas como indivíduos e também no coletivo.

Refletindo em meio a isso tudo, e com muitas dúvidas também, penso sobre como podemos projetar nossas vidas no futuro em meio a todo esse caos, e a minha singela reflexão e resposta para isso é: autoconhecimento.

É através do autoconhecimento que vamos encontrar o cerne de nossa psiquê, emoções e formas de ver o mundo. É no autoconhecimento que descobrimos aquilo que mais faz sentido para nós enquanto indivíduos.

Em meio a corporações e blocos políticos radicais tirando proveito do tráfego de dados, seja direcionando conteúdos a partir de nossos comportamentos ou explorando nossos anseios e receios, precisamos cada vez mais nos compreender, nos descobrir e interiorizar reflexões para que não sejamos levados pelo interesse de outros e sim buscarmos ser nosso próprio líder.

Segundo Yuval Harari, professor na Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens: Uma Breve História da Humanidade, o prognóstico sobre o futuro é aterrador. Devido à crescente substituição do ser humano pela automação tecnológica, (comentei isso em uma aula online onde funcionários que tem pedido demissão no EUA - devido aos baixos salários, péssimas relações liderança - funcionários e péssimas condições de trabalho - têm sido substituídos por máquinas) nas próximas décadas, veremos um crescente número de pessoas sem lugar no mundo. Ainda segundo o autor: “São pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão empregáveis”. E, talvez por isso, esse pode ser o momento ideal para que a população pressione por regulações.

Por sua vez, também temos um crescente potencial tecnológico que pode ser explorado sobre novas perspectivas! Precisamos pensar à frente, diferente e principalmente com humanidade.

Pensar em interromper os avanços tecnológicos serão em vão. Já existem tecnologia prontas para usarmos daqui a 30 - 50 anos. Em meio a isso tudo, também precisamo olhar para a história e nos lembrar do quanto foi difícil cada Era e suas mudanças como por exemplo a Revolução Industrial e a da Internet.

Sempre haverão novos trabalhos, empresas, ideias, tecnologias, a questão primordial é sabermos quem somos em meio a isso tudo.

Não dá para mudarmos a cada nova descoberta tecnológica, mas dá para pensarmos em formas de implementá-las dentro do nosso pequeno universo,no nosso cotidiano e trabalho.

O que você pensa disso tudo?

Vamos conversar...